domingo, 16 de dezembro de 2007

A Revolução Francesa - O Iluminismo se impondo

Olá meu caros leitores!

Saúdo-os pedindo perdões por essa longa demora.

Para início de conversa, venho me debruçado sobre alguns pensamentos, rememorando e repensando o que fora a tranformação do pensamento humano, a ponto de coletivamente eclodir sob uma nova perspectiva, salientando que nos nossos dias, devemos mais uma vez tranformar o pensamento humano, para sermos mais coletivos ainda. Por que busco isso? Bem, digamos que conheci um pensador bem interessante: Jean-Jacques Rousseau. Digo interessante, pois ele compreendera em sua época a importância da transformação do pensamento humano, sendo seus escritos estopins para o início de nossa era capitalista nas Revoluções Burguesas, mas mais propriamente a partir da Revolução Francesa. Mas isso veremos em outro momento.

Uma coisa que temos que recordar, quando falamos em "estrutura estatal", é sobre Quem coordena a vida coletiva??? O Soberano, o Estado, a Aristocracia, ou o Povo? Até a Revolução Francesa vimos o Soberano estando no Poder, porém sem realizar os desejos da maioria da população, ou pelo menos a vontade geral. Isso gerou uma instabilidade a ponto da população romper seus grilhões, e invadirem o grande símbolo de poder na época: a Bastilha (para os desavisados, a Bastilha era a grande prisão política da França Absolutista). Quando se fala em liberdade individual que a Queda da Bastilha representou, na verdade foi um símbolo de rompimento de séculos (na verdade milênios, mas não vem ao caso agora), onde se diferenciava uma pessoa da outra através de sua filiação, que, por sua vez, representariam os verdadeiros representantes de Deus na Terra (ou seja, o direito de herança é justificado pela Origem Divina!). Direito de herança pois é ligado diretamente a posse, ou propriedade. Quando se assimila que as posses surgem a partir do trabalho (o que os protestantes querem), supõe-se a produção da terra. Isso diferenciava brutalmente o Regime vingente (Antigo Regime, lembram-se da Sexta Série??) na França. Ali pode-se dizer que foi a primeira vez que o povo integrado conseguiu derrubar uma lógica viciada operante desde o Império Romano, pelo menos.
Quando a "lógica humana" derrubou a visão teocrática de Estado, foi fabuloso para o amadurecimento do Ser Humano. Porém, para variar, foi esquecido de olhar os "efeitos colaterais" do pensamento Antropocêntrico na bula Iluminista: "O homem é o lobo do homem!". Então, se o "antropos" (humano) é o centro do universo, só tem carniceiro a nos colocar cabrestos!!!!! A nossa educação coletiva ensinou o humano a ser assim, a sermos individualmente o centro das atenções. Matamos Deus no auge do Séc XIX, vimos um Séc XX quase desastroso para o Planeta (o Ser Humano se divinizou no momento em que se colocou no centro do Universo), e hoje estamos obrigados a repensar em nossos "modus operantis" do dia-a-dia. Quem sabe agora no início do Séc XXI estamos aprendendo devagarinho a sermos cidadãos??? Será que a "água" bateu na "bunda" de nós "patos", literalmente?

Um dia ainda conseguiremos romper nossos desejos individualistas, para constituirmos um coletivo humano, sem a necessidade de termos mais do que possamos possuir. Ou ainda o Planeta deve continuar a ter os Seres Humanos da etnia Européia como Proprietários Naturais de tudo? Nós possuímos o Planeta, ou ele nos possui?? Pensemos nisso.