quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Bem vindos ao novo mundo!


Olá Caríssimos!

Estive ausente durante esse longo período devido as grandes mudanças que vem ocorrendo em minha vida. A chegada do primeiro rebento requer muitas correrias e decisões, que acabam nos desligando um pouco do mundo virtual. A vida real nos chama para vivê-la. Por isso, agora com uma nova perspectiva de vida pela frente, me sinto a vontade de conversar um pouco a respeito daquilo que vem assombrando nosso momento histórico: A Crise Financeira! Podemos com tranquilidade dizer que a partir de agora tudo muda. Que rumo o planeta irá tomar? Bem, isso não se pode ter certeza, mas com certeza o jogo Geopolítico Internacional fará grandes movimentações nesse imenso tabuleiro.

Já de início, conclamo a vós uma lembrança daquele outubro de 1929, a Quinta-Feira Negra, da queda das bolsas de Nova York, e as consequências que resultaram daquela crise que remodelou o mundo para o Séc. XX. Todo o dinheiro aplicado dos investidores tiveram um grave problema de liquidez: a grana foi para o ralo, hehehehe. A principal consequência foi a emergência dos modelos Nazista e Fascista na Europa, e o processo de industrialização nos grandes países do globo. O único país que não sofreu com a crise foi a extinta União Soviética, onde a planificação estatal da economia consolidou os russos como principal potência oriental.

Sobre os movimentos Nazi-fascistas, deixarei para um outro momento uma explanação mais detalhada. Nesse momento vou focar em nosso Impávido Colosso, que se transformou numa economia industrial, deixando a agropecuária em segundo plano. Era outubro de 1930, o café (principal produto brasileiro) perdeu seu valor de mercado. A Europa, que era nosso principal comprador, não estava mais importando nosso grão. Até porque, cá entre nós, quem iria comprar café brasileiro, quando não se tinha dinheiro nem para comprar o pãozinho básico para a família? 

Então, após um processo fraudulento de reeleição de Washington Luís para a Presidência dos Estados Unidos do Brasil, Getúlio Vargas iniciou um levante que ecoou em todos os Estados Brasileiros, e no dia 24 de Outubro assumiu por meio de um golpe a Presidência da República. Sua primeira ação foi queimar o excesso de café, e iniciar a industrialização no país. Como marca de sua administração, foi criada a Companhia Siderúrgica Nacional, a Companhia Vale do Rio Doce, foi acelerado o processo de urbanização do Brasil, e por fim, a criação da Petrobrás, com o slogan "O Petróleo é Nosso!". Esse período é chamado de Estado Novo.

Claro que temos que ter a clareza de que Getúlio Dorneles Vargas foi um ditador, possuia uma visão tropical do fascismo, e toda a carga negativa quanto as perseguições aos movimentos socialistas e comunistas daquela época. Porém, com ele vimos nascer as Consolidações das Leis Trabalhistas, onde garantiu diversos direitos ao povo trabalhador, como Jornada de 8hs diárias, Férias, 13º Salário, e demais direitos que garantiram uma certa dignidade ao nosso povo eternamente explorado. Essas mudanças foram fundamentais para termos desenvolvido maior autonomia em relação aos nossos queridos e amados europeus. Não chegamos a nos tornar potência mundial, mas saímos da era colonialista agrária de fato naquele período pós-Crise.

E hoje, com essa crise de 2008, para onde iremos??? Bem, especialistas e o prórpio Tio Sam vem sinalizando que nosso Brasil será referência para contornar essa crise. O Continente Sul-Americano está com a faca e o queijo na mão para a integração. O Governo Lula, quer queira quer não, tem garantido trabalho e renda para os que nunca foram assistidos pelo Estado. Nossa Economia está sólida. Falta agora nós como povo vestirmos a camisa, saber criar oportunidades, e principalmente, procurar ter uma visão mais participativa em relação ao Estado. Cada um de nós brasileiros temos o dever de tensionar esse Governo para uma visão mais a esquerda, para assim, além de sermos a potência do Séc. XXI, sermos referência de solidariedade, irmandade, e respeito ao próximo. Uma sociedade socialista é possível sim, é só nós querermos. É o que espero pelo menos para meu filho, um mundo mais justo e socialista.