Quando o então Presidente Sociólogo Fernando Henrique Cardoso decretou ao MEC: ESTÁ EXTINTA ESSAS DISCIPLINAS, ninguém mais teve sequer proximidade educacional sobre o ESTADO FEDERATIVO BRASILEIRO. O Grande Sociólogo, ao invés de colocar na obrigatoriedade, em substituição, as Disciplinas de SOCIOLOGIA e FILOSOFIA, deixou pelo menos uma Década (SIM, DEZ ANOS) de uma geração sem ter O DIREITO A CONHECER O MÍNIMO DO NOSSO PAÍS. Foi regulamentada apenas em 2005, e ainda em dificuldades de implementação em TODAS AS ESCOLAS PÚBLICAS DO PAÌS, pois os Municípios NÃO POSSUEM VERBA E AUTORIZAÇÃO para aumentar o valor das folhas de pagamento.
quarta-feira, 19 de junho de 2013
BOM DIA POVO BRASILEIRO!!!
Quando o então Presidente Sociólogo Fernando Henrique Cardoso decretou ao MEC: ESTÁ EXTINTA ESSAS DISCIPLINAS, ninguém mais teve sequer proximidade educacional sobre o ESTADO FEDERATIVO BRASILEIRO. O Grande Sociólogo, ao invés de colocar na obrigatoriedade, em substituição, as Disciplinas de SOCIOLOGIA e FILOSOFIA, deixou pelo menos uma Década (SIM, DEZ ANOS) de uma geração sem ter O DIREITO A CONHECER O MÍNIMO DO NOSSO PAÍS. Foi regulamentada apenas em 2005, e ainda em dificuldades de implementação em TODAS AS ESCOLAS PÚBLICAS DO PAÌS, pois os Municípios NÃO POSSUEM VERBA E AUTORIZAÇÃO para aumentar o valor das folhas de pagamento.
terça-feira, 19 de março de 2013
Habemus Séc. XXI?
Faz algum tempo que não publico nada, por motivos da vida, muitas coisas acontecem, muitas mudanças, mas nada como inspirações para poder escrever algo a vocês.
Pelo título, acredito que imaginem qual será o assunto. Mas vamos tentar trabalhar um pouco mais sobre a atualidade dos fatos, sem cairmos em superficialidades, ou posições fechadas. Algo muito interessante acontece nessa segunda década do Séc. XXI...
Iniciemos pelo Centro do Mundo, como diriam os antigos: Roma. Após a medievalidade do papado de Bento XVI, eis que surge algo novo, com a simples alcunha de Francisco. Lembremos que o nome escolhido pelo Sumo Sacerdote imprime o significado, o simbolismo de como será o seu pontificado.
Não digo que o posicionamento do então Padre Jorge Mário Bergoglio em relação à atroz Ditadura Militar Argentina deva ser ignorado. Porém, em seus primeiros atos como Pontífice, procura na simplicidade e na proximidade com o povo (palavra não usada pelo Vaticano desde 1978) buscar um sentido para essa Instituição milenar, arcaica e medieval.
Francisco de Assis, como muitos devem saber, foi um rapaz rico, que após uma epifania (sempre quis usar essa palavra!) resolveu se despir de toda a sua riqueza, a fim de viver em pobreza junto com o povo e a natureza. Considerava todos os seres vivos irmãos, filhos da mesma criação divina. Era um hippie da época das Cruzadas! Criou uma Ordem mendicante, na qual tinha como fim viver a experiência humana de Jesus Cristo. Foi uma mudança brusca para aquele momento histórico, onde a riqueza e o luxo eram os principais objetivos da Igreja Católica Apostólica Romana (nada diferente de hoje).
Esse simbolismo, para um Papa, de fato é algo que mexe (e muito) no imaginário coletivo. Estamos falando de uma instituição envolta em escândalos de religiosos pedófilos, relacionamentos com as máfias, má administração do Banco do Vaticano (o mais secreto do mundo), fora o que está registrado no tal de Vatileaks, que certamente não será exposto ao público em geral. Além desses fatos, o Vaticano não está acompanhando as mudanças que o mundo vive. O reflexo disso é o esvaziamento de fiéis, que buscam soluções rápidas em Igrejas Neopentecostais, onde se paga o dízimo com o cartão de débito, na esperança de um milagre imediato.
Além do simbolismo de se chamar Francisco, somamos o fato de ser o primeiro Papa oriundo do continente americano, saindo da velha opção eurocentrista, e o primeiro Jesuíta. Para quem leu minhas postagens antigas, não é necessário maiores explicações sobre esse último aspecto.
Enfim, várias mudanças para essa instituição herdeira do antigo Império Romano. Não digo que vá acontecer uma revolução ideológica nos cânones da Santa Sé. Mas só pelo fato do Papa Francisco pedir um olhar especial aos pobres do mundo e à natureza (esfacelada pela ganância capitalista), já é um motivo de acompanharmos com atenção esse novo capítulo da História, que promete grandes emoções...
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Bem vindos ao novo mundo!
Olá Caríssimos!
domingo, 14 de setembro de 2008
Por que Che Guevara?
Entre todos os heróis rebeldes, nenhum reúne tantos elementos comuns aos outros quanto Ernesto Che Guevara. Sensibilidade de poeta, bravura de guerreiro e pureza espiritual transformaram-no em uma espécie de Cristo Guerrilheiro, um ícone contemporâneo de utopia, enfim, um Robin Hood dos tempos modernos.
Ernesto Guevara de la Sierna foi um gurizão nascido em Rosario na Argentina, Classe Média (Burguês), que fez Medicina, tinha crises agudas de asma, e quando tinha seus 20 e poucos anos subiu numa moto com um amigo, e foi conhecer a América Latina. Nessa viagem ele conheceu a triste realidade dos povos de nosso continente, explorados pelo capitalismo yankee. O cenário era muito semelhante em todos os países da América do Sul. Durante um mês cuidou de pacientes numa vila de leprosos, na divisa do Brasil com a Venezuela.
Após algum tempo, se juntou aos jovens cubanos Raul e Fidel Castro para derrubar o ditador Fulgêncio Batista, aliado dos EUA, e após 3 anos de guerra com eles saiu vitorioso na Revolução Cubana em 1959, tornando assim Cuba o primeiro Estado Socialista da América Latina. Após representar Cuba na Conferencia da ONU em 1964, Che Guevara iniciou sua jornada por diversos países, espalhando a Mensagem de que o povo unido deve tomar o Poder, acabando assim com qualquer tipo de exploração. Em 1967, aos 39 anos, Ernesto Che Guevara é assassinado pelo Exército Boliviano, sob ordens dos Estados Unidos da América.
Hoje, em 2008, com nossa carência de ídolos e exemplos para a juventude, Che Guevara resgata os mais nobres valores de um novo ser humano, para assim construir uma sociedade mais solidária, mais humana, responsável com o mundo que vivemos. Viva Che! Pátria Livre, Venceremos!!!
"Acima de tudo, procurem sentir no mais profundo de vocês qualquer injustiça cometida contra qualquer pessoa em qualquer parte do mundo.É a mais bela qualidade de um revolucionário." Ernesto Che Guevara
quarta-feira, 28 de maio de 2008
O Libertador dos Pampas
Olá Caros Leitores!
Após uma viagem fantástica que fiz para Montevideo, acabei descobrindo mais um personagem histórico importante para falarmos de Integração Latinoamericana. Esse personagem é conhecido no Uruguay pela seguinte frase: "Para a História um herói, para a Pátria um Deus!". No caso, estamos falando de José Gervasio Artigas, o Simón Bolivar dos Pampas!
José Gervasio Artigas (Montevidéu, 19 de Junho de 1764 - Ibiray, 23 de Setembro de 1850) foi um político e militar uruguaio. Estudou no Convento de São Francisco, sendo depois mandado pelo pai para o interior, onde passou a juventude entre gaúchos, índios e tropeiros. Dedicou-se ao comércio de couro e gado, percorrendo todo o Uruguai e adquirindo influência junto à população rural.
Em 1797 ingressou no Regimento de Lanceiros como tenente. Durante a guerra hispano-portuguesa, combateu os ingleses no Prata, aliados dos portugueses. Nessa época iniciou-se o movimento de libertação das colônias espanholas e Artigas juntou-se aos insurretos, sendo nomeado tenente-coronel pela junta de Buenos Aires. Derrotou os espanhóis na batalha de San José, em 1811, obrigando o chefe da guarnição espanhola a retirar-se com suas tropas para Montevidéu. Derrotou novamente os espanhóis na batalha de Las Piedras e sitiou a cidade. Divergindo do governo de Buenos Aires, retirou-se para o interior.
Após as resoluções do Congresso de Tucumán, Artigas uma vez mais entrou em guerra contra o exército luso-brasileiro que invadira a Banda Oriental. Derrotado na batalha de Catalán, em 1817, Artigas iniciou movimentos de guerrilha que duraram três anos. Não podendo mais resistir, após a derrota na Batalha de Tacuarembó em 1820, asilou-se no Paraguai, onde morreu trinta anos depois, sem haver retornado a seu país.
Hoje, seus restos mortais se encontram no subsolo da Praça da Independência, no Centro de Montevideo, em frente ao bairro Ciudad Vieja, como se estivesse protegendo a entrada da cidadela. Abaixo de uma estátua imponente encontra-se o Mausoléu, com as cinzas do Herói dos Pampas, e registrado nas paredes sua trajetória. Montevidéu, junto com sua história de lutas, possui um papel importantíssimo para a integração continental.
segunda-feira, 21 de abril de 2008
Paraguai agora é esquerda!
Olá Caros Leitores!
É com grande alegria que publico sobre a ultima grande noticia de nosso continente: a vitória do ex-bispo Fernando Lugo no pleito presidencial paraguaio.
Finalmente, depois de 61 anos, o Paraguai se livra das garras do Governo Colorado, que desde antes da Ditadura Militar daquele país (1954-1989) se mantém no poder. Uma vitória linda, que com certeza vai impulsionar mais a integração Sul-americana. Mas vamos analisar o Paraguai de uma forma geral, desde suas origens até esse grande momento político.
O Paraguai foi formado a partir da experiência das Missões Jesuíticas, onde após a expulsão dos padres da Companhia de Jesus em 1768 continuou sua trajetória de desenvolvimento.
Em 15 de maio de 1811 se tornou a primeira república do continente através da independência proclamada por Dr. José Gaspar Garcia Rodriguéz de Francia, sem luta e sem guerra, criando um Estado forte militarmente, auto-sustentado, porém sem saída para o mar. Dr. Francia, também conhecido como "O Supremo", veio a falecer em 1840.
De 1840 até 1870, assume o poder a família Lopez, primeiro o pai, Carlos Lopez, que introduziu a Indústria de Base naquele país. Após seu falecimento, seu filho Francisco Solano Lopez desejava que o Paraguai se tornasse o principal país do continente. Porém, com o advento da Guerra do Paraguai (1865-1870), viu seus sonhos cairem por terra. Não só seu sonho, como o sonho de toda a população paraguaia. Cabe lembrar que essa Guerra deixou nada mais nada menos que 90% de seus homens e 50% de suas mulheres mortos. Em outras palavras, a população foi dizimada! Tanto é que em 1871 surgiu uma lei que permitia que o homem poderia casar com 3 mulheres, para assim poder repovoar aquele país. Os liberais tomaram o poder, e começou aí a triste história da grande nação paraguaia. A derrota na Guerra do Paraguai fez esse país amargar 50 anos de estagnação econômica.
Em 1932, tropas bolivianas invadem o Paraguai, ocasionando assim a Guerra do Chaco (1932-1935). Com a vitória das tropas paraguaias, o Chaco foi incorporado a seu território.
Em 1954 Alfredo Stroessner dá o golpe militar, e permanesse no poder até 1989. Não podemos esquecer que a Ditadura Militar de nosso vizinho foi a mais longa do continente, levando o Paraguai a um alto atrelamento em relação aos interesses dos EUA.
Mesmo que o Paraguai venha tendo eleições democráticas desde 1989, somente o Partido Colorado vencia nas urnas. Um país com crescente instabilidade política e corrupções descaradas por parte dos membros do Partido Colorado e dos grandes latifundiários, vê pela primeira vez uma luz no fim do túnel. Não que vá se mudar da noite para o dia a dramática situação de nosso vizinho, mas uma esperança surge na pessoa de Fernando Lugo.
Coincidência ou não, mas um Ex-Bispo poderá quem sabe colocar o Paraguai nos eixos, e quem sabe criar bases para que se torne aquilo que um dia foi, naquela época em que os Jesuítas, junto com o povo Guarani, criaram algo diferente para a humanidade.
Viva Lugo! Viva o Paraguai! Viva a América do Sul! Viva a Esquerda!!!!!!
segunda-feira, 14 de abril de 2008
O Começo da História
Vou começar uma série de textos, baseados no livro "São Miguel - A saga do Povo Missioneiro", de Rafael Baioto e Júlio Quevedo, especialistas no assunto no qual acompanhamos. Espero que gostem, e tirem suas próprias conclusões.
O Começo da História
Povoar para garantir a posse do território, obter riquezas e comerciá-las. Essa foi a premissa que motivou as ações das Coroas Ibéricas na região do Rio da Prata entre os Séc XVI e XVIII, pautadas no Tratado de Tordesilhas, de 1494, e pelas mobilizações das suas frentes de expansão.
A passagem do Séc XVII para o XVIII for marcado por ações militares entre portugueses e espanhóis na região do Rio da Prata, devido aos conflitos que se intensificaram com a fundação da Colônia de Sacramento, em 1680, um entreposto português em terras espanholas. Tendo sido por várias vezes atacada, os cercos a essa colônia lusa contavam com exércitos formaos pelo povo Guarani, advindo das Missões Jesuíticas, que cumpriam, também aí, sua função política de defender o território em nome do rei da Espanha e da Igreja Católica.
As ações portuguesas na região platina preocupavam os padres jesuítas que viam em risco não apenas a população missioneira, mas também as suas riquezas, principalmente o seu gado, além de terem sua estrutura comercial no Prata abalada em função da concorrência portuguesa. Por isso, eles reclamaram ao rei espanhols D. Felipe V, em 1743, expondo a importância dos trabalhos prestados àquela Coroa e os riscos que corriam a partir da expansão lusa, que poderia pôr a perder a ação missional, levando os Guarani a abandonarem as Missões. Assim, as populações missioneiras e seus exércitos eram de suma importância para a manutenção da geopolítica espanhola na região do Rio da Prata.
Nesse contexto, a análise do processo histórico é um fator preponderante para que se compreenda a construção e a desconstrução do espaço reducional de São Miguel, a partir de alterações vividas pelo anterior, o Tekohá, o primeiro espaço do guarani.
Tu conheces a história de São Miguel das Missões? Provavelmente já visitastes as ruínas de São Miguel e sabes também que elas são consideradas Patrimônio Histórico da Humanidade. Por isso, milhares de pessoas de diversos lugares do mundo já vieram nos visitar e divulgam o nosso patrimônio em todos os Continentes. E nós, o que sabemos sobre as nossas ruínas? Sobre a origem do nosso povo?
A nossa proposta é te ajudar a conhecer melhor a nossa história, a nossa formação étnica e a importância que desfrutamos na história e cultura do Rio Grande do Sul.
Por que o nome São Miguel? A origem vem dos tempos bíblicos, onde na mitologia católica São Miguel é um dos sete anjos assistentes diretos de Deus Pai todo poderoso. Seu nome é de origem hebraica e significa: "aquele que é igual a Deus". São Miguel seria o responsável por uma legião de anjos que deveriam proteger os céus contra os demônios.
Quando os missionários jesuítas aqui chegaram, em 1687, encontraram um lugar belíssimo, com matas verdejantes e fontes d'água límpidas. Nesse lugar habitavam homens, os bravos guerreiros que se denominavam guaranis. Este povo acolheu os jesuítas, junos contruíram uma civilização, lançaram à terra as sementes que germinaram e garantiram o sustento de centenas de missioneiros. A partir daquele instante, para os jesuítas e os índios missioneiros, a terra se tornava a "Terra da Promissão" e o nome escolhido foi São Miguel Arcanjo, em homenagem ao anjo protetor contra os inimigos da obra missionária.
São Miguel se mostrou forte e promissora. Seus filhos guarani-missioneiros sempre foram bravos guerreiros, quando isto se fez necessário, mas também eram sensíveis poetas e artistas em tempos de paz.
Aqui começa a história da formação da atual cidade de São Miguel das Missões e do prórpio Rio Grande do Sul
Fonte: São Miguel das Missões - Rafael Baioto e Júlio Quevedo - 2ª edição, Porto Alegre: Martins Livreiro, 2005.