segunda-feira, 15 de outubro de 2007

A Sétima Bebida


Após ler a reportagem "Copos do Mundo" (Revista Aventuras na História, nº 37, Ed. Abril, Set/06, pg 32-37), onde o Jornalista Inglês Tom Standage, editor da revista "The Economist", descreve no livro "História do Mundo em Seis Copos"(Standage, Tom - Ed. Jorge Zahar, 2005) o papel das bebidas no desenvolvimento da Agrucultura, da Escrita e da Filosofia em determinadas sociedades, podendo servir de paralelos para analisr o desenvolvimento das Civilizações Humanas. Ele busca em cada bebida a relação direta de cada Civilização: Cerveja - Egito Antigo e Mesopotâmia; Vinho - Grécia, Roma e Idade Média; Rum/Uísque - Início da Idade Moderna; Café - Revolução Francesa; Chá - Império Britânico; e Coca-Cola - Estados Unidos da América.

Em cada momento Histórico ele descreve a organização produtiva e societária de cada Civilização. Raciocinando comigo, a respeito de uma possível transição de paradigmas de nosso momento histórico para uma sociedade socialista, recordo-me do modelo econômico das Reduções Guaraníticas, onde a Erva-Mate (Ilex paraguayensis) era a principal bebida, produzida e moída coletivamente. Segundo a Filosofia Mbya-Guarani, a origem do chimarrão (Yerba Mate ou Tererê) se dá através da divindade "Caapora", que oferece de presente ao povo a árvore "Caá", que serve de estimulante de energia física e fonte de cordialidade (Missões - Lessa, Barbosa - Ed. Unisinos, 1999, pg 68-70).

Levando em consideração que na "Identidade Gaúcha" da Mesopotâmia Sul-Americana o hábito de beber essa infusão é tradição e costume (tanto que Che Guevara por ser argentino mantinha também esse hábito), pode-se pensar que a Erva-Mate (tanto bebida quente na Argentina, Uruguai e Sul do Brasil, quanto gelada no Paraguai e Centro-Oeste Brasileiro) é a bebida que representaria um modo de produção coletivisado e comunitário (socialista), sendo a 7ª Bebida da Civilização Contemporânea. É apenas uma hipótese... heheheheheh

Um comentário:

Luiza disse...

épico?
no no... mas pelo menos já tem um fim.

e viva o chima!